Sobre o livro: 2008 / Auxerre é uma cidade pequena, aparentemente tranquila e calma. Christophe Regnier, em nome de quem a história é contada, é um jovem bonito que escreve artigos divertidos sobre o tema “pela primeira vez”: quando um strip-tease completo aconteceu pela primeira vez em Paris, qual poeta cantou pela primeira vez a cartola na poesia, etc. Ele mora com uma jovem encantadora, Eglantina, cuja irmã mais nova, Prune, uma brilhante representante da “juventude moderna”, se envolve com drogas e é traficante. Seu vizinho, o misterioso Monsieur Leonard, está se aprimorando em sua profissão de tanatoprático. Ele é o Embalsamador. Ao seu redor desenrolam-se acontecimentos trágicos - desaparecimentos, assassinatos, atentados - que se tornam cada vez mais frequentes e nos quais estão envolvidas muitas pessoas: polícias, homossexuais, intelectuais provincianos, erotomaníacos, prostitutas, anarquistas rebeldes... Claro, nós estamos falando de uma “comédia negra”. Dominique Noguez, que escreveu o diálogo do diretor Moka (ele também aparece no romance), faz inúmeros ataques à boa moral e ao bom gosto. Chega até a imaginar o trio Soller - Ango - Houellebecq realizando um “espetáculo literário” no estádio central de Auxerre. Ao ler o romance, ou você ri ou fica horrorizado. Noguez, que estudou detalhadamente o ofício do embalsamador, não nos esconde nada: aprendemos todas as sutilezas dos procedimentos necessários para dar o polimento final ao falecido. Especialista em humor, a quem dedicou numerosos ensaios, combina habilmente comédia e erudição, caprichosa pesquisa estilística e gramatical com invenções delirantes e provocações suaves. O crítico e romancista Dominique Noguez publicou cerca de vinte obras, incluindo os romances “Martagons”,. “Amor Negro” "(Prêmio Femina 1997). A editora Fayard também publicou seu ensaio “Houellebecq as He Is” (2003.).